quinta-feira, 24 de abril de 2014
QUANDO TE PENSO ABRIL
Publicado em livro - 2008
Quando te penso Abril, não estou a crepitar lágrimas, estou a festejar amanhãs, árvores frondosas que ajudámos a plantar.
Apesar das dificuldades impostas, dos tartufos, da indiferença e dos detratores de Abril, a revolução democrática e popular foi um hino à liberdade que me permite dizer - gosto de ter nascido neste chão.
Apesar dos indigentes e desiludidos, antifascistas que nunca foram anticapitalistas, ainda hoje confundem Abril com os resultados dos que o combateram e combatem.
Quando te penso recordo muito do que sonhámos e sonhamos.
Assim vivemos esta vida com uma estrela que se vê, concreta, objectiva, colada no teto do mundo - não por religiosidade mas por convicções.
Quando te penso Abril, não estou a viver memórias, estou a permanecer na luta por causas - até as estrelas descerem à terra - porque não estamos no fim das ideologias nem da História.
Abril devolveu-nos a vontade de ser cidadãos do mundo, militantes da vida, contra a selva instalada.
É preciso acordar o silêncio - em Maio recriar os cravos.
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15 comentários:
Recriemos quantos cravos forem necessários!
Abraço!
Os cravos de Abril fazem mais sentido quando se transformam em flores de Maio.
Abraço
Que se recriem pois os cravos dos tempos vindouros...
Com a vida aprendi a cheirá-los...
Abracinho
Junto-me a si nesse pensar de Abril!
Se preciso for tocaremos os sinos a rebate, para despertar silêncios e recriar os cravos em Maio.
Um abraço.
PS: Acho que fiz uma descoberta feliz. A sábia bravura de um felino aliada à mansidão poética e empolgante do mar.:)
Belíssimo!!
"É preciso acordar o silêncio-
em maio recriar os cravos."
Nunca abdicar do "sonho"
de mudança,do mundo mais
justo,digno e humano...
Bj.
Gostei de ler.
Ao nascer, alguém me disse ao ouvido, "Já nasceste livre!". Nasci em Maio.
Beijo
Reinventamos novos cravos sempre que for preciso.
Abraço.
Muito belo e sentido o seu texto poético!
"É preciso acordar o silêncio" e manter bem vivo o aroma dos cravos. Bj e muito obrigada pela sua vista. Ailime
tambem eu! sempre quis fazer a vida aqui, na terra que sempre conheci e as ervas daninhas têm que ser queimadas, elas não conhecem os ares deste país...
Muito belo e redimensionador da esperança da esperança!
Beijo
Passo para deixar um abraço.
Hoje já são 26.
Recordo o 26 de há 40 anos.
:)
Em pleno acordo,reinventar os cravos que voltem a sair desta terra que deu grandes vultos ao mundo.
Abraço amigo e presente.
"Quando te penso Abril, não estou a crepitar lágrimas, estou a festejar amanhãs, árvores frondosas que ajudámos a plantar..."
uma belíssima síntese que te define como Homem e como Poeta!
forte abraço, meu irmão.
Se me permites, querido Puma, faço minhas as tuas palavras. Tudo o que pudesse acrescentar seria desnecessário.
Abraço, Amigo.
Nunca é tarde para ler sobre Abril...
Sou coautora numa Antologia sobre "Onde estavas no 25 de Abril". Soube-me muito bem relatar, em 4 páginas, a minha vivência...
:)
(O Puma e Mar Arável? Só pode...)
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